Durabilidade de estruturas de concreto e a ação do meio ambiente
A resistência das estruturas de concreto de alguns fatores específicos à fase de projeto, produção e caracterização dos insumos, elaboração do concreto, execução da base e cuidados preventivos e corretivos.
O nível de agressividade na área em que a edificação será feita determinará as propriedades do concreto e da estrutura, tais como a relação da água e cimento,a espessura do cobrimento da armadura, a resistência à compressão do concreto e a abertura máxima de fissura. Em uma estrutura em uma área rural terá risco de deterioração mínimo, mas, se estiver no litoral e receber respingos domar, o risco passará a ser alto.
A ABNT NBR 6118 tem uma tabela com a classificação da agressividade em função do tipo de ambiente onde a estrutura estará inserida, bem como o risco de deterioração associado a cada classe de agressividade.
O mar apresenta três níveis diferentes de degradação às estruturas de concreto submersas
ou não, sendo que a parte que fica frequentemente no nível subaquático é a de menor perigo.
Neste caso, apesar das concentrações de cloretos serem consideradas, a rapidez de corrosão é insignificante, pois a zona que fica debaixo d’água estará sujeita apenas ao ataque químico da água do mar.
A maresia leva gotículas com cloretos para a superfície do concreto, o que mantém a sua resistividade baixa e possibilita a difusão do oxigênio até a superfície das armaduras.
Há, ainda, concretos com fibras, concretos com inibidores de corrosão, com superpozolanas, concretos super ultra plastificantes, além daqueles com geotêxteis nas fôrmas ou com nano tubos de carbono. A proteção catódica das armaduras com uso de ânodos de sacrifício ou por corrente impressa é cada vez mais utilizada como técnica de imunização das armaduras à corrosão.
Para recuperar as estruturas atacadas pela corrosão, existem formas de extração eletroquímica de cloretos e de real calinização eletroquímica, mas ainda não empregadas em casos reais no Brasil. Um crescente número de tipos de pinturas e revestimentos superficiais aumentam o efeito barreira ao acesso degases e líquidos ao interior do concreto.
Para a mesma classe de agressividade, as informações para as estruturas de concreto armado
e protendido são diferentes no que se refere à relação água e cimento, resistência à
compressão do concreto e cobrimento da armadura.
Em uma estrutura de concreto protendido também são tolerados menos cloretos do que naquelas de concreto armado, assim como menores aberturas de fissuras para uma mesma classe de agressividade ambiental. As informações obtidas nas auditorias devem ser avaliadas e dar apoio ao estabelecimento dos processos e elementos mais adequados para as intervenções necessárias.