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Fissuras por ataque de cloretos

Fissuras por ataque de cloretos

Em áreas litorâneas, as estruturas sofrem com a ação de cloretos e sulfatos. Até mesmo em ambientes agressivos, a durabilidade pode ser garantida com cobrimentos maiores das armaduras e concretos menos permeáveis.Maiores coberturas das armaduras, como preconiza a NBR 6118, e controle da relação água-cimento garantem concretos mais duráveis

Quando o concreto armado foi desenvolvido, criou-se um dos materiais mais utilizados pela construção, seja para levantar edificações, seja para erguer obras-de-arte. Muito do sucesso dessa combinação justifica-se pelo fato de as armações utilizadas para reforço não demandarem, em tese, tratamentos contra corrosão. E pela elevada alcalinidade do concreto, favorece a formação de uma película de óxido estável que passiva o aço e impede a progressão da corrosão. Na prática, patologias podem ocorrer quando há vulnerabilidades no sistema, resultantes principalmente de falhas durante a execução e na especificação do concreto. Um dos agentes mais agressivos às estruturas de concreto é a atmosfera marinha, onde cloretos de sódio e de magnésio estão em suspensão no ar. A velocidade de corrosão em ambiente marinho pode ser 30 a 40 vezes maior do que em atmosfera rural e os danos podem ser ainda mais severos quando a estrutura está sujeita diretamente à variação do nível do mar. Além de o ataque de cloretos ser mais intenso, há formação de etringita secundária, material de caráter expansivo, pela reação dos aluminatos do cimento e sulfatos da água do mar. Diante da exposição à maresia, todos os tipos de estrutura de concreto podem sofrer ataques de cloretos, sulfatos e outros agentes agressivos. Entretanto, aquelas com face voltada aos ventos dominantes estão mais suscetíveis, assim como os locais com grande superfície em relação ao volume, pilares e vigas, sobretudo. Lugares mais úmidos e com maior risco de condensação, como banheiros, cozinhas e áreas de serviço, também costumam apresentar sintomas de corrosão mais rápida e intensa do que em ambientes secos. Cuidados - Os cuidados necessários às estruturas de concreto situadas em áreas litorâneas partem do princípio de evitar ou minimizar a contaminação. Pode ser feito com resoluções em projeto, como o posicionamento e localização da obra em relação à orla marítima, ou com a especificação de materiais mais resistentes às agressividades do ambiente. A durabilidade pode ser garantida com o uso de concretos mais impermeáveis, com baixa relação água-cimento, e com o uso de aditivos como sílica ativa, por exemplo, para reduzir a porosidade. É recomendado, quando possível, utilizar cimentos de alto-forno, pozolânicos ou resistentes aos sulfatos, que apresentam um comportamento melhor com relação à durabilidade. Procedimentos executivos, com relação ao transporte, lançamento, adensamento e cura do concreto, bem como tratamento das juntas de concretagem e plano de desenforma da estrutura também devem ser considerados. Quando não é possível obter o cobrimento mínimo adequado ou quando não há como impedir o acesso de agentes agressivos na estrutura, é possível valer-se de recursos como a galvanização da armadura, os inibidores químicos, que atuam sobre a superfície metálica ou, ainda, a impregnação da superfície de concreto com revestimentos impermeáveis.

Independentemente da solução, é fundamental estudar todas as condições, as características da obra e escolher entre os procedimentos mais adequados. A principal precaução refere-se ao cobrimento do concreto, que deve proteger fisicamente a armadura e propiciar um meio com pH elevado para a passivação do aço.

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